Consulta Pública do PAC 2050 encerra em 10 de dezembro

Podem contribuir governos, empresas, investidores, acadêmicos e sociedade civil

Encerra neste sábado, 10 de dezembro, o prazo para o recebimento das contribuições de governos, empresas, investidores, acadêmicos e sociedade civil ao Plano de Ação Climática do Estado de São Paulo, o PAC2050, em consulta pública há um mês.

O PAC é um documento que traz propostas de ações e metas para a redução das emissões dos gases de efeito estufa no Estado de São Paulo em setores chaves da economia como Transportes, Agropecuária, Florestas e Usos do Solo, Setor Energia, Resíduos e Indústria e uso de produtos.

 

Em cada um desses setores, foram analisadas as principais atividades e gargalos atuais para que se chegassem aos números possíveis de redução com as propostas. No setor de transportes, por exemplo, a eletrificação da frota automotiva pode levar a uma redução de emissões em 2050 de 70% em relação ao cenário de referência. Na geração de energia, a redução de emissões é de cerca de 54%. O setor de mudança de uso do solo deverá ter emissões negativas, ou seja, sequestrando cerca de 20 Mt CO2e por ano em 2050. Isso ocorre pela recuperação florestal no ESP, que remove CO2 da atmosfera através da fotossíntese.

De acordo com o Professor da Universidade Estadual de Campinas, um dos consultores que estiveram a frente na elaboração do documento e membro do Comitê do Programa Mudanças Climáticas FAPESP, as propostas vão ao encontro às vantagens que o Estado têm na disseminação de tecnologias e inovação, propiciando, assim, oportunidades de novos negócios e financiamento para iniciativa de redução das emissões de gases de efeito estufa, além de oferecer caminhos para o desenvolvimento econômico com transformações importantes na infraestrutura de produção e de serviços do Estado de São Paulo.

Conforme os levantamentos e informações contidas no documento, o conjunto das ações propostas visa reduzir em 78% as emissões projetadas para o ano 2050. Em termos absolutos, significa uma redução de 67% em relação aos níveis emitidos no ano de 2021 e 64% em relação ao ano de 2020, este considerado atípico em razão da pandemia de COVID-19. Assim, o PAC 2050 projeta uma redução de 12% das emissões entre 2021 e 2030.

“É importante haver o feedback, as opiniões, as dúvidas da sociedade paulista para que essa proposta possa ser aprimorada e levada à real possibilidade de implementação no futuro governo que se inicia. É um plano de apresentação de diretrizes, de orientação que deve subsidiar um plano de implementação a ser conduzido na sequência”, esclarece Gilberto Jannuzzi.

O documento foi elaborado sob coordenação da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo e contou com a participação de cientistas, especialistas, consultores e instituições como o SEEG – Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa, Governos Locais pela Sustentabilidade (ICLEI), Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA), Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (IMAFLORA), Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), Observatório do Clima (OC), Consultoria técnica de Financiamento – NINT – Natural Intelligence  e GIZ – POMUC – Programa Política sobre Mudança do Clima.

Conheça o documento que está em consulta pública em: Plano de Ação Climática e desenvolvimento sustentável para São Paulo

 

Formulário de Contribuições: https://forms.gle/4y2A3YR9x9t2ir159

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