CONTRIBUIÇÕES DA PESQUISA PAULISTA PARA O CONHECIMENTO SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Em todo o mundo, pesquisadores estudam as muitas variáveis envolvidas com as mudanças climáticas globais, suas causas e conseqüências, realizando, ainda, projeções de mudanças futuras e criando modelos matemáticos do sistema climático. Desta forma procuram estabelecer possíveis cenários e seus impactos sobre os sistemas naturais e sobre as muitas dimensões da vida na Terra.

 

No Brasil, particularmente, estudos sobre mudanças climáticas são de enorme importância devido à grande extensão do país, à expressiva interdependência da base econômica aos recursos naturais renováveis, e à sua cobertura vegetal, já grandemente alterado nos biomas Mata Atlântico e Cerrado e em rápido processo de substituição na Floresta Amazônica, onde se verificam alterações significativas no uso do solo. A isto se acrescenta o aumento das emissões, resultado da queima de combustíveis fósseis e processos agrícolas e industriais.

 

Em agosto de 2008, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) lançou o Programa FAPESP de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais, com o objetivo de estimular a pesquisa sobre o tema, articulando as variáveis resultantes da atividade humana com aquelas resultantes de causas naturais. Para o programa destinou recursos da ordem de R$ 100 milhões para os próximos dez anos.

 

Entretanto, antes mesmo da criação do programa, um grande número de pesquisas em mudanças e variações climáticas já vinha sendo feita no Brasil e no Estado de São Paulo, ao longo dos anos, e continua a sê-lo, com apoio da FAPESP, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e outras agências de fomento nacionais e internacionais. Essas pesquisas se fizeram e se fazem no âmbito de programas – Programa Biota-FAPESP, Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA) e projeto Modelagem Ambiental da Amazônia (Geoma) – ou na forma de centenas de pesquisas individuais.

 

Esta publicação reúne informações sobre 208 Projetos Temáticos e Auxílios a Pesquisa e 437 bolsas, nas diversas modalidades, apoiados pela FAPESP desde 1992 até julho de 2008. São pesquisas das áreas de Agrárias e Veterinária, Arquitetura e Urbanismo, Biológicas, Engenharias, Física, Geociências, Humanas e Sociais, Química, Saúde, entre outras.

 

Isoladamente, cada uma contribui para o avanço do conhecimento na sua especialidade. Juntas, vistas de forma articulada, elas fornecem importante contribuição para o conhecimento do tema mudanças climáticas.

 

Sobre o Plano Estratégico 2020-2030

 

O Plano Estratégico é uma agenda científica para os próximos 10 anos voltada a entender os processos associados à mudança do clima e avaliar as suas causas e os seus impactos, fornecendo subsídios científicos para encontrar soluções e apoiar políticas públicas baseadas em evidências científicas e gerar conhecimento.

 

A elaboração dessa agenda contou com a participação de cientistas e especialistas em cada uma das áreas contempladas e estará em discussão nos eventos para identificar necessidades de adequações e sugestões para sua implementação.

 

Os temas que compõem o Plano são:

 

Política Energética e Socioeconomia, realizado em 1 de setembro e disponível aquI,
Mudanças de Uso de Solo e Agropecuária, realizado em 15 de setembro e disponível aqui,
Biodiversidade e Ecossistemas, realizando em 29 de setembro e disponível aqui,
Modelagem Climática e Ambiental (13 de outubro);
Urbanização e Mudanças Climáticas (27 de outubro);
Saúde e Mudanças Climáticas (10 de novembro);
Dimensões Sociais e Econômicas (24 de novembro).

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