Como entender o papel da poluição urbana no clima em regiões remotas como a Amazônia?
0 comments
Artigo revela os processos e mecanismos do papel de nanopartículas no ciclo de vida de nuvens e na precipitação da Amazônia
Publicado em janeiro deste ano, na revista científica Science, que tem entre os autores o nosso Coordenador Professor Paulo Artaxo, o artigo “Rapid growth of anthropogenic organic nanoparticles greatly alters cloud life cycle in the Amazon rainforest.”, revela os processos e mecanismos do papel de nanopartículas no ciclo de vida de nuvens e na precipitação da Amazônia.
“Através de modelagem e medidas em aviões, o papel da poluição e das emissões naturais foram separados e quantificados. Importante para entender o papel da poluição urbana no clima em regiões remotas como a Amazônia” (Paulo Artaxo).
O esquema da figura mostra que o estudo forneceu novos insights sobre o mecanismo de crescimento responsável pelo rápido crescimento de nanopartículas antropogênicas via formação de SOA (aerossol orgânico secundário) para tamanhos de condensação de nuvens (CCN, sigla em inglês) e os impactos subsequentes em nuvens e precipitação, com implicações além do estudo de caso exemplar de uma área urbana isolada em meio à floresta amazônica.
O artigo aponta que mais estudos com modelos de química-aerossol-nuvem totalmente acoplados são necessários no futuro para investigar o acoplamento entre nanopartículas antropogênicas, SOA biogênico, nuvens e precipitação e para melhorar a avaliação de seus impactos no clima e nas mudanças climáticas.
A pesquisa recebeu o apoio, entre outras instituições nacionais e internacionais, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), além de bolsas de pesquisas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Paper: “Rapid growth of anthropogenic organic nanoparticles greatly alters cloud life cycle in the Amazon rainforest”. Zaveri, Artaxo, Machado et al., Science Advances.
O Plano Estratégico é uma agenda científica para os próximos 10 anos voltada a entender os processos associados à mudança do clima e avaliar as suas causas e os seus impactos, fornecendo subsídios científicos para encontrar soluções e apoiar políticas públicas baseadas em evidências científicas e gerar conhecimento.
A elaboração dessa agenda contou com a participação de cientistas e especialistas em cada uma das áreas contempladas e estará em discussão nos eventos para identificar necessidades de adequações e sugestões para sua implementação.
Os temas que compõem o Plano são:
Política Energética e Socioeconomia, realizado em 1 de setembro e disponível aquI,
Mudanças de Uso de Solo e Agropecuária, realizado em 15 de setembro e disponível aqui,
Biodiversidade e Ecossistemas, realizando em 29 de setembro e disponível aqui,
Modelagem Climática e Ambiental (13 de outubro);
Urbanização e Mudanças Climáticas (27 de outubro);
Saúde e Mudanças Climáticas (10 de novembro);
Dimensões Sociais e Econômicas (24 de novembro).