FAPESP MUDANÇAS CLIMÁTICAS REALIZA DEBATE SOBRE O NOVO RELATÓRIO DO IPCC
Lançamento mundial das contribuições do Grupo de Trabalho 1 para o Sexto Relatório de Avaliação – AR6, pelo IPCC, Mudanças Climáticas 2021: a Base das Ciências Físicas, acontece no dia 9 de agosto
É com muita expectativa que sociedade e comunidade científica aguardam a publicação sobre quais as contribuições que o Grupo de Trabalho 1 traz para o Sexto Relatório de Avaliação do IPCC. O documento “Mudanças Climáticas 2021: a Base das Ciências Físicas” consiste, com base no último relatório e novas observações, na divulgação de dados e análises sobre as mudanças ocasionadas pelos gases do efeito estufa e aerossóis na atmosfera; as alterações observadas no clima, nas temperaturas sobre a terra e oceanos, na superfície terrestre, nos oceanos e o aumento no nível dos mares; derretimento de geleiras; biogeoquímica, ciclo de carbono, modelagem e projeções climáticas, perspectiva histórica e paleoclimáticas sobre as alterações climáticas, causas e atribuição das mudanças climáticas.
O Programa Mudanças Climáticas FAPESP acompanha a divulgação mundial, no dia 9 de agosto, e traz, na mesma data, as principais conclusões e análises do novo relatório para a comunidade brasileira. “Este relatório faz a compilação do trabalho de milhares de cientistas que coletam dados não só do Brasil, mas de todo o planeta sobre o que está acontecendo com as mudanças climáticas globais e seus impactos nos ecossistemas e na nossa sociedade”, informa o Professor Paulo Artaxo, Coordenador do Programa FAPESP Mudanças Climáticas e autor-líder do capítulo 6, que vai abordar, no webinário, os resultados do SPM (Summary for Policymakers) e de alguns capítulos chaves como carbon budget, SLCF (Short-lived Climate Forcers) e nível do mar.
“Alguns pontos importantes sobe o relatório é que ele atualiza as últimas descobertas sobre o aumento da temperatura e o aumento do nível do mar que tem impactos importantes sobre a nossa sociedade. Ele também trabalha em mais detalhes a questão dos eventos climáticos extremos e, inclusive, com a questão da poluição do ar urbana e seus impactos globais. Traz também mais foco nas questões regionais, o que é importante para países como o Brasil e, inclusive um novo atlas, que basicamente faz a regionalização dos resultados dos modelos climáticos para cada região do nosso planeta”, informa Artaxo.
O evento conta também com a participação da vice-presidente do IPCC, a Professora Thelma Krug, falando sobre as possíveis implicações dos scientific findings para a COP-26, estratégias de mitigação de emissões e dificuldades de implementação das recomendações sobre carbon neutral; e o Professor Lincoln Alves, Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e autor-líder do novo Atlas de Mudanças Climáticas, com um relato sobre os capítulos 10-11-12-13 e o Atlas e os resultados do CMIP6 que serão disponibilizados pelo INPE, além de apresentar o novo site ADapta do INPE. A moderação será realizada pelo jornalista Herton Escobar. Confira a programação:
ABERTURA
Jean Ometto, membro da coordenação do Programa FAPESP de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais
CONVIDADOS
Lincoln Alves, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), autor-líder do novo Atlas de Mudanças Climáticas
Paulo Artaxo, Programa FAPESP de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais, autor-líder do capítulo 6
Thelma Krug, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), vice-presidente do IPCC
MODERADOR
Herton Escobar, Universidade de São Paulo (USP), Jornalista
Horário: das 14h às 16h
Local: Canal da Agência FAPESP, no YouTube. CLIQUE AQUI!
Participe do webinário enviando sua pergunta para mcg-webinario@fapesp.br
Confira, neste depoimento do Professor Paulo Artaxo, os tópicos que serão discutidos no evento.
Para entender o IPCC, seus relatórios e Grupos de Trabalhos
Desde sua criação, em 1988, pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (ONU Meio Ambiente) e pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), produziu cinco grandes relatórios e alguns outros documentos complementares, como relatórios suplementares, especiais e guias. Composto, atualmente, por 195 países, entre eles o Brasil, o IPCC recebe a contribuição voluntária de cientistas de todo o mundo como autores, contribuidores e revisores. Dentre as conclusões apresentadas nos seus diversos documentos, destaca-se a forte evidência que as atividades humanas estão associadas às mudanças climáticas atuais. Essa atribuição decorre das emissões dos gases de efeito estufa (associado à diversos setores da sociedade), alteração no uso e cobertura do solo; uso de recursos naturais (como água, nutrientes ao solo, etc), rejeitos lançados no meio, entre muitas outros processos.
“Estima-se que as atividades humanas tenham causado cerca de 1,0°C de aquecimento global acima dos níveis pré-industriais, com uma variação provável de 0,8°C a 1,2°C. É provável que o aquecimento global atinja 1,5°C entre 2030 e 2052, caso continue a aumentar no ritmo atual.” (fonte: https://www.ipcc.ch/site/assets/uploads/2019/07/SPM-Portuguese-version.pdf).
São três os Grupos de Trabalhos que auxiliam na elaboração dos relatórios do IPCC:
- Grupo de Trabalho I: responsável pela base física e científica da mudança do clima;
- Grupo de Trabalho II: responsável pelos estudos e pesquisas sobre o impacto da mudança do clima, adaptação e vulnerabilidade;
- Grupo de Trabalho III: analisa a mitigação das mudanças climáticas.
A previsão de lançamento das Contribuições dos Grupos de Trabalhos 2 e 3 para o sexto relatório são março e outubro de 2022, respectivamente.
Conheça as Cinco Publicações dos Relatórios do IPCC:
#ClimateReport #IPCC
Working Group I contribution to the IPCC Sixth Assessment Report (AR6-WG1) de 2021
Fonte e mais informações sobre o relatório em https://www.ipcc.ch/report/sixth-assessment-report-working-group-i/ e https://www.ecycle.com.br/ipcc/
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Sobre o Plano Estratégico 2020-2030
O Plano Estratégico é uma agenda científica para os próximos 10 anos voltada a entender os processos associados à mudança do clima e avaliar as suas causas e os seus impactos, fornecendo subsídios científicos para encontrar soluções e apoiar políticas públicas baseadas em evidências científicas e gerar conhecimento.
A elaboração dessa agenda contou com a participação de cientistas e especialistas em cada uma das áreas contempladas e estará em discussão nos eventos para identificar necessidades de adequações e sugestões para sua implementação.
Os temas que compõem o Plano são:
Política Energética e Socioeconomia, realizado em 1 de setembro e disponível aquI,
Mudanças de Uso de Solo e Agropecuária, realizado em 15 de setembro e disponível aqui,
Biodiversidade e Ecossistemas, realizando em 29 de setembro e disponível aqui,
Modelagem Climática e Ambiental (13 de outubro);
Urbanização e Mudanças Climáticas (27 de outubro);
Saúde e Mudanças Climáticas (10 de novembro);
Dimensões Sociais e Econômicas (24 de novembro).